A Ryanair está debaixo do fogo de uma boa parte dos seus próprios pilotos, que tem dúvidas sobre as normas de segurança em execução na companhia, exigindo a abertura de um inquérito pelos reguladores aeronáuticos, para apurar se existem inconformidades.
O “Ryanair Pilot Group” que foi criado com o objetivo de aumentar os padrões de segurança e dar aos pilotos uma voz mais ativa na negociação das condições de trabalho, realizou uma sondagem que abordou mais de mil pilotos e co-pilotos da empresa, tendo as conclusões motivado o alerta para os reguladores, segundo o Financial Times.
No estudo efetuado, 89% dos inquiridos considerou que a Ryanair não tem uma cultura de segurança aberta e transparente, 67% dos inquiridos disseram não se sentir confortáveis ao levantar questões sobre segurança através do sistema interno da Ryanair e 94% considerou que os reguladores deviam abrir um inquérito para apurar se as práticas da Ryanair podem ter influência na segurança.
A Ryanair liderada por Michael O’Leary, desvaloriza a sondagem afirmando que não é “independente, objetiva ou de confiança”, contrapondo com o fato de operar há 29 anos sem nunca ter tido qualquer acidente relevante, o que não impediu a empresa, de lançar uma nota interna, a alertar que qualquer piloto que assinasse uma petição, organizada pelo Ryanair Pilot Group a pedir aos reguladores para avaliarem as regras de segurança da companhia, seria despedido.
