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Fiscalização de mariscadores e pesca lúdica no litoral sudoeste

Fiscalização de mariscadores e pesca lúdica no litoral sudoeste

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), realizou ações de fiscalização à atividade de pesca lúdica e de mariscadores, no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

A Divisão de Vigilância Preventiva e Fiscalização da Direção Regional da Conservação da Natureza e Florestas  do Algarve realizou, nos passados dias 11 e 12 de março, duas ações de fiscalização de pesca lúdica e  profissional, no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV), com o objetivo de  minimizar os problemas afetos à apanha de moluscos em toda a orla costeira do parque, nomeadamente o  respeito pelas áreas de proteção total e parcial, onde é proibido a apanha de perceves, ouriços do mar e  outros, bem como a pesca à linha.

As intervenções realizaram-se nos concelhos de Odemira, Sines e Aljezur, nas quais foram abordados 24  mariscadores e levantados 6 autos de notícia: cinco por excesso de peso e um contra desconhecidos. Foram apreendidos 37,86 quilogramas (kg) de crustáceos, entre ouriços do mar e perceves, dos quais 7,46  kg foram entregues à Santa Casa da Misericórdia de Aljezur. O restante, (ouriços do mar) foi devolvido ao  mar por se encontrarem vivos e ser possível ainda a sobrevivência no seu habitat.

Na sequência destas ações de fiscalização, o ICNF alerta para a importância do respeito da legislação em  matéria de pesca lúdica e apanha de animais marinhos, sendo a quantidade máxima de apanha perceves é  de 2kg por licença lúdica e de 15 Kg para cada licença profissional. O perceve tem de ter um tamanho mínimo  de apanha (20mm), conforme previsto na Portaria n.º 385/2006, o que exige que o pescador respeite estas  medidas deixando os de menor dimensão no seu habitat, porque o perceve arrancado das rochas raramente sobrevive.

As licenças profissionais são limitadas, sendo emitidas apenas 80 licenças para toda a costa do PNSACV, nos  termos da Portaria n.º 385/2006, de 19 de abril, que aprova o Regulamento da Apanha Comercial do Percebe  no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) com alterações dadas pela Portaria  n.º 388/2008, de 30 de maio e Despacho n.º 17732/2006, de 31 de agosto, que fixa o número de licenças  para a apanha de perceve no PNSACV, alterado pelo Despacho n.º 7667/2011, de 26 de maio.

O Decreto-Lei n.º 101/2013 de 25 de junho, regula a atividade de pesca lúdica (incluindo a apanha de animais  marinhos) e refere que “é proibido expor para venda, colocar à venda ou vender espécimes marinhos,  animais ou vegetais, ou suas partes capturadas na pesca lúdica”.

O ICNF alerta, por isso, os pescadores lúdicos e profissionais para o cumprimento das regras no sentido de  manter uma sustentabilidade dos recursos marinhos e a sua continuidade para as gerações vindouras.




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