Cirurgia para mudar a cor dos olhos pode levar à cegueira - Algarlife Cirurgia para mudar a cor dos olhos pode levar à cegueira - Algarlife

Cirurgia para mudar a cor dos olhos pode levar à cegueira

As cirurgias para mudança da cor dos olhos são um procedimento estético que começa a ganhar popularidade um pouco por todo o mundo. A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) faz eco do alerta lançado pelas Academia Brasileira de Oftalmologia (ABO), Academia Americana de Oftalmologia (AAO) e Associação Pan-Americana de Oftalmologia (PAAO) no sentido de informar a população sobre os potenciais riscos associados a estas cirurgias.

Nestes procedimentos de caráter meramente estético, a aplicação repetida de laser na íris ou a colocação intraocular de um implante entre a íris e a córnea pretendem transformar olhos castanhos em olhos azuis.

A cor castanha dos olhos resulta de uma maior concentração de melanina na íris, um pigmento que se encontra presente também na pele.

Com a aplicação de laser sobre uma íris castanha, a camada superficial de melanina é destruída, deixando-a com uma tonalidade azulada, isto é, com menos concentração de melanina.

Os implantes de íris alteram a cor dos olhos através da colocação de um objeto estranho dentro do olho. Estes implantes não estão aprovados pelo Infarmed para uso intraocular pelo que a sua utilização é proibida no nosso país.

Maria João Quadrado, presidente da SPO, explica que estas cirurgias podem levar a consequências graves para a visão inclusive à cegueira.

Apesar de não estarem aprovados no nosso país, a sua realização além-fronteiras tem-se verificado de forma crescente.

A redução irreversível da visão, pressão intraocular aumentada, glaucoma, catarata, lesão corneana, uveítes e inflamação intraocular são alguns dos riscos associados a estas cirurgias. A lesão da córnea pode levar à necessidade da realização dum transplante de córnea.

A presidente da SPO realça ainda que “é fundamental fazer a distinção entre estas cirurgias de outras realizadas através de laser, como é o caso das cirurgias para correção de erros refrativos, procedimentos seguros e amplamente estudados e realizados apenas por médicos oftalmologistas”.

SPO/PP




Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

*

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Translate »