O debate sobre o “turismo de copos” volta a ser tema de discussão em Espanha, com responsáveis governamentais a reduzir-lhe a importância, enquanto a população de algumas das localidades afetadas, exige medidas ou sai à rua, em manifestações contra o chamado “turismo de borracheira”.
Para José Manuel Soria o ministro com a pasta do turismo, em declarações à Rádio Cope, “o turismo de borracheira, não é representativo da oferta turistica de Espanha”, mas admite que contribui para deteriorar a imagem do país.
Para aquele responsável governamental, as notícias sobre ocorrências em localidades turisticas, como Magaluf, Maiorca, Barcelona, Barceloneta, Calella, Gandia ou Lloret de Mar, só contribuem para manchar a imagem de Espanha.
Segundo a imprensa catalã, a situação não é exclusiva dos municipios mais pequenos, que acolhem habitualmente grupos de jovens em certos períodos do ano, a própria cidade de Barcelona também enfrenta o mesmo problema, originado por um tipo de turista com orçamento muito baixo, fora dos circuitos regulares das agências, que recorre a vôos low cost e ao aluguer de casas e apartamentos baratos, muitas vezes, de arrendamento ilegal.
O ruído durante noites inteiras, as exposições de nudez total em plena via pública, o vaguear pelas ruas em estado de quase coma alcoólico, os conflitos gerados por grupos de “borrachos” associados ao desrespeito pelos horários de descanso, alteram o ritmo normal das localidades afetadas, onde esses turistas causam sérios incómodos, aos habitantes e residentes.
Reportagens e programas emitidas pela BBC, MTV e por outras televisões europeias, ou de jornais como o diário alemão Bild, onde se exibem os dias e as noites em algumas dessas localidades, são para os responsáveis locais, de efeito ruinoso, porque dão uma imagem que desmobiliza os mercados com poder aquisitivo, que deviam ser as principais fontes de receitas.
Esta quinta feira, um grupo de cerca de trezentos habitantes de Barceloneta, uma das zonas balneares mais concorridas em Barcelona, saíram à rua, para reclamar contra o “Turismo da Borracheira”, a libertinagm sexual, os diversos delitos cometidos por turistas completamente descontrolados, exigindo a adoção de medidas que travem esta tendência, que tem ganho uma dimensão inusitada, com a ajuda das redes sociais.
