O clima, o golfe, a hospitalidade e até o regime fiscal que parece ser mais favorável, está a atraír mais nórdicos ao Algarve, especialmente ao concelho de Tavira, onde segundo Jorge Botelho o presidente do municipio, “já existe uma comunidade expressiva de noroegueses, na freguesia de Santo Estevão”.
“Arrendam propriedades e durante dois ou três meses ficam cá em permanência”, afirmou o autarca à agência Lusa, adiantando que algumas famílias, após a segunda ou a terceira visita, começam a procurar espaços para investir.
O presidente da Câmara de Tavira adianta ainda que “nos últimos três ou quatro anos, tem assistido ao aumento do número de comunidades nórdicas, nomeadamente noruegueses, suecos e alguns dinamarqueses, que têm vindo para Tavira, sobretudo na época do inverno, por lazer ou para o golfe”.
O número de “cidadãos suecos que procura a região para os seus investimentos ou para residir tem vindo a aumentar”, disse também à Lusa, Peter Morawetz, um cidadão sueco que exerce direito de representação em Tavira.
“Temos clientes normais, que vêm morar para cá e clientes de empresas, que querem fazer negócios em Portugal, relacionados com propriedades ou com outros tipos de transações”, afirmou, frisando que o aumento que se tem verificado “é difícil de contabilizar”, mas é sentido “tanto no Algarve, como na região de Lisboa”.
“Os suecos escolhem Portugal por causa do clima, que é o mais valorizado, mas também para jogar golfe e depois os portugueses também são hospitaleiros e o nível de vida é mais barato, assim como o regime fiscal é mais vantajoso do que na Suécia”, explicou aquele advogado, que exerce atividade na região desde 2012.
Trata-se de “uma boa notícia” para o concelho, afirma Jorge Botelho, que se mostra agradado com este movimento.
