Manuel Batista, artista plástico de prestígio nacional e programador de excelência das Galerias Trem e Arco durante vários anos, volta a expor em Faro, sua terra natal, o que aconteceu pela última vez em 1990.
Entre os espaços do Teatro Municipal e a Galeria Trem estão patentes as exposições “Relevos” e “A Preto e Branco”, respetivamente, que se traduzem em desenhos e relevos da sua autoria que representam uma parte da sua impressionante produção e uma das suas facetas artísticas.
A sua obra, e sobretudo os seus desenhos, podem ser caracterizados pela ideia de desconstrução e de recomposição das superfícies. Há um cruzamento entre uma paisagem apenas sugerida e uma forte tendência ornamental.
Em “Relevos”, o artista acentua a dimensão escultórica das suas obsessivas formas orgânicas ou geométricas, revelando-nos uma série de “esculturas de parede”, protegidas por caixas transparentes, em que propõe relevos recortados, talvez paisagens, para a imaginação do espectador preencher de significados
O artista realizou mais de três dezenas de exposições individuais e quase quarenta exposições coletivas e conquistou, entre outros, o Prémio Soquil de Artes Plásticas (1970), Prémio Arus de Pintura (1982, l Exposição Nacional de Arte Moderna Arus), Grande Prémio de Pintura da IV Bienal internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira (1984), Prémio BANIF de Pintura (1993) e com a exposição antológica “Fora de Escala”, no Museu da Eletricidade em Lisboa, é galardoado com prémio da Sociedade Portuguesa de Autores para melhor exposição de 2011.
Manuel Batista no seu melhor pode ser apreciado na Galeria Trem até dia 7 de Dezembro e no Teatro Municipal até dia 31 do mesmo mês.