Hoje é notícia o Henrique Amorim, taxista em Vilamoura durante o verão, que profissionalmente é reconhecido como um dos melhores da nossa praça, pela simpatia, pela gentileza, pelo trato, pela forma como sabe ser prestável e pelos brindes que tem sempre disponíveis, para entreter, agradar ou satisfazer um cliente mais ávido de uma boa água fresca e saciante.
A notícia da Lusa, fala em Águas, rebuçados, balões, lápis de cor, flores e mapas, uma parafrenália de pequenas coisas, mas que afinal são importantíssimas, para o Henrique e para os clientes, que saem sempre daquele carro, com a agradável sensação, de que esta foi sem dúvida a melhor viagem de táxi que alguma vez fizeram, de tal forma que nem resistem a outro pormenor inédito num táxi, o livro de visitas, onde deixam a sua opinião acerca do serviço prestado.
É certo que a ideia é promover o negócio, garantir a sua sustentabilidade, pela divulgação do nome no meio, procurando ser diferente, não se limitando ao recolher e largar, como acontece com a generalidade dos seus similares.
O Henrique tem essa caraterística muito particular, que é apostar na fidelização do cliente, utilizando os argumentos e meios de que dispõe, num negócio e numa região onde o conceito vinga, não só por ser raro, mas sobretudo porque não há quem resista a tanta simpatia, a tanta disponibilidade, a tanto profissionalismo.
Na conversa com o jornalista da Lusa, o Henrique recusa que se trate de pequenos truques para ganhar o cliente, na realidade, seja ou não seja, o certo é que ele consegue promover a diferença, fazer amigos, ser reiteradamente solicitado e garantir a sua presença com sucesso num negócio que enfrenta enormes dificuldades, a começar pela concorrência, pela disputa de um lugar, de um cliente, de um serviço mais rentável.
É mais do que óbvio que essa forma de trabalhar, também lhe granjeia alguns “destratos” menos agradáveis, reações destemperadas e momentos mais caricatos, por parte de quem com ele concorre no dia a dia, a quem não agrada particularmente o conceito implementado pelo Henrique, porque não está disponível para perceber que o cliente, pelo fato de ali estar apenas para uma curta viagem, gosta de ser tratado com profissionalismo, mas fica especialmente encantado, quando é brindado com gesto mais mais simpático e o “taxista da écharpe” há muito que percebeu isso.
A comprová-lo, está aquele cliente de Liverpool que publicou um comentário em 2012 numa página do ‘TripAdvisor’, onde afirma que passa férias no Algarve há seis anos e que utiliza habitualmente “os serviços do Henry”, à semelhança de famílias com crianças, golfistas, casais, senhoras, porque “todos tem confiança no Henry para os transportar”, por isso não lhe faltam clientes, para viagens compensadoras, que no final, o motivam cada vez mais a ser ainda melhor no estilo Henry.
(…)”O Henry é o melhor taxista de sempre. Tão amistoso e generoso com os rebuçados, a água e a conversa. Quando regressarmos vamos pedir sempre os serviços excelentes de Henry”, escreveu uma família inglesa, declarando que “amaram” os rebuçados e os balões, ou, “Henry é muito bom, faz-nos sentir em casa, é formidável, gentil e óptimo condutor e guia”, escreveu um passageiro da Ilha Maurícia (…).
O Henry como é conhecido por uma boa parte dos seus clientes, ou Henrique Amorim, como consta na certidão de nascimento, é uma daqueles espécies de ser humano, que precisa de viver, de ganhar a vida, mas porque para ele isso não é suficiente, tem sempre algo mais para dar, contribuindo decisivamente com a sua quota parte, para que o cliente leve para casa, essa agradável sensação de que no Algarve, sabemos ser simpáticos e profissionais.
Carlos Santomor
Editor