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Exposição “Rota da Seda” na Galeria Arco em Faro

Exposição "Rota da Seda" na Galeria Arco em Faro

Exposição "Rota da Seda" na Galeria Arco em Faro

A Galeria Arco em Faro, inaugura hoje uma exposição fotográfica da autoria de José Luís Santos, que estará patente ao público até 17 de Agosto, com imagens que retratam as viagens do autor, por terras e locais de cultura oriental, que apesar do adiantado século XXI, ainda encerram surpresas e mistérios, desconhecidos da sociedade ocidental.

(…) A Rota da Seda desdobrava-se num conjunto de percursos que uniam o Extremo Oriente ao mar Mediterrâneo, atravessando a maior parte do mundo até aí conhecido para vender este e outros produtos aos comerciantes europeus.

Desde o séc. I a.c. que várias caravanas percorriam terras inóspitas e desconhecidas numa distância superior a 8000 quilómetros, estabelecendo trocas comerciais e também culturais entre dois mundos tão distantes como desconhecidos um do outro. Esse foi o cerne do meu interesse por este tema.

Este projecto fotográfico foi ganhando corpo numa série de viagens realizadas ao longo de treze anos, partindo de Veneza, terra natal de Marco Polo, continuando por Istambul, cidade milenar que se estende por dois continentes, até chegar ao eixo de ligação comercial e civilizacional entre o Mundo Ocidental e o misterioso Oriente. Falo do que hoje é o Líbano, Israel e Palestina, Jordânia e também a Síria, um país que já não existe como o vivi e fotografei. Depois da minha experiência no Irão, segui pela Ásia Central, pelos territórios do Uzbequistão e Quirguistão, até chegar ao destino final, a China.

Não parti em busca do que resta do passado da Rota da Seda, mas das vidas de quem hoje aí habita, do seu dia-a-dia, cultura, dos seus sonhos, ou a visão que têm do Ocidente.

Esta exposição é, assim, um registo da condição humana ao longo de milhares de quilómetros que foram ponto de encontro de diferentes povos e culturas, em contraste com o mundo contemporâneo, em que a dificuldade do conhecimento e aceitação do outro é cada vez maior (…).

Jose Luís Santos

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