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E continuamos a ser, um país de faz de conta!

Interrogamo-nos se aquela gente que tem decidido sobre as nossas vidas, que nos envia a chamada Tróika com regularidade trimestral, para ver se cumprimos o caderno de encargos, terão uma idéia do que se passa cá dentro, porque com tanto elogio e tanta promessa de apoio, cada vez que alguns dos nossos governantes lá vai prestar vassalagem, não percebemos a que se referem, quando está mesmo à vista, que continuamos a ser um país faz de conta.

E continuamos a ser um país de faz de conta, a começar pelos governantes que nos tocaram em sorte e a acabar nos burocratas espalhados pelos múltiplos institutos e departamentos que proliferam por aí, alguns com duplicação de funções, que continuam a mitigar a missão no travar de todas as iniciativas, única forma de assegurarem a sua própria existência.

Depois de se anunciar ao som das fanfarras a exigência de emagrecimento da administração pública, afim de agilizar os processos e desburocratizar os procedimentos, única forma de nos tornar-mos um país verdadeiramente competitivo e agil, nos diversos setores que influenciam o nosso desenvolvimento, parece que tudo continua na mesma, pelo menos naquilo que nos está mais próximo.

Como exemplo poderíamos chamar à tábua, a questão das proclamações feitos por ilustres cabeças de cartaz, à hora da açorda, ao som dos telejornais, de sorriso instalado entre lábios,  emoldurados no gozo que lhes dá, anunciar medidas aparentemente inovadoras, que nos entusiasmam no momento, mas que depressa percebemos, que não passam do presente indicativo, do verbo “treta”.

Sim… porque em tempo de guerra, que é como quem diz, no agudizar da crise económica que nos afoga, anunciar medidas, que nunca são regulamentadas, nem regulados os procedimentos e reduzidas as entidades atuantes na análise e avaliação dos processos, significa que tal medida, nunca verá a luz do dia, por isso não passa de um doce, que rapidamente nos amarga a mechorra.

Talvez um dia, quando formos um país a sério, com governantes competentes, mais preocupados com o bem público, do que com a sua imagem comezinha, talvez nesse dia, a gente veja a tão almejada luz ao fundo do túnel, sem ter de ir em peregrinação ao estádio da segunda circular, o único sítio onde essas duas premissas já coexistem, porque até lá, vamos continuar a ser um país faz de conta.

AnaOfir
Cidadã do Al Gharb




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