Kathleen Peddicord fundadora do “Live and Invest Overseas”, destaca num artigo publicado esta segunda feira (11), no site da organização, algumas vantagens custo/benefício entre o Algarve e o Panamá, como indicador para os aposentados norte americanos, que pensam numa reforma em conforto e segurança, fora dos Estados Unidos, atraídos pelo chamado velho mundo.
A autora que vive na cidade do Panamá, a sede do “Live and Invest Overseas”, a zona da América Central, onde residem milhares de americanos classe média, que decidiram viver ali por razões que tem sobretudo a ver com o clima e o custo de vida, compara Lagos no Algarve à capital Panamenha, apontando diferenças que podem pesar na decisão, dos que preferem a europa para residir, nesta altura da vida.
Reportando-se à recente visita que fez ao Algarve e analisando diferenças, Kathleen Peddicord, que já tinha abordado aspetos da região e de Portugal em artigos anteriores, considera que Lagos oferece vantagens quando comparada com a cidade do Panamá, em variadíssimos aspetos, com destaque para a tranquilidade, o custo e estilo de vida, o clima, ou locais de visita e lazer, com a vantagem de poder falar em Inglês, língua que a grande maioria dos naturais domina.
Kathleen Peddicord descreve Lagos como cidade antiga, que remonta ao século XV, um dos principais destinos no Algarve, destacando a zona da cidade velha que é animadíssima, sempre repleta de turistas, onde pagou num pequeno café na praça principal, por um bom hambúrguer, dois euros e oitenta, um sítio que oferece pizzas a três euros e uma diversidade de sandes com preço semelhante.
Num comentário aos preços “muito baixos” a autora foi surpreendida pela reação do companheiro de viagem, um português que se mostrou contrariado, porque “Os cafés e restaurantes nesta zona, são normalmente muito mais caros”, explicou, “Fora do centro da cidade os preços são muito mais baratos.”
Mas comparando com a cidade do Panamá, a autora não tem dúvidas: “Nos restaurantes frequentados por turistas na capital do Panamá, um hambúrguer custa seis ou sete dólares, é preciso sair da cidade para comer um hambúrguer mais barato”.
Já no que tem a ver com refeições completas, comparando os melhores restaurantes na cidade do Panamá onde uma refeição tem um preço médio entre 40 e 50 dólares, em Lagos, uma refeição num restaurante de luxo, com marisco fresco, camarões gigantes e vinho da região, tem o preço médio de 20 euros.
Mas para Kathleen, “há mais na vida do que hambúrgueres e camarões, numa comparação entre o custo de vida na cidade do Panamá e em Lagos no Algarve”.
Na Cidade do Panamá, um apartamento T1, confortável e adequado para um reformado, custa mensalmente entre 500 ou 600 dólares, em Lagos o mesmo apartamento pode custar apenas 400 euros.
No entretenimento, Lagos está muito à frente, dependendo sempre de como se gosta de passar o tempo.
O aluguer de uma viatura é relativamente barato e de carro pode-se visitar toda a costa que é rica em espaços e locais atrativos, referindo Sagres, Silves, Carvoeiro, Ferragudo e muitos outro locais onde se passa uma tarde muito agradável, um fim de semana prolongado, ou a jogar Golfe num dos 42 campos que existem na região, entre os quais estão alguns dos melhores da europa.
A autora escreve que nesta parte do mundo, no Algarve, região sucessivamente premiada nas mais diversas áreas, o sol brilha durante todo o ano, as temperaturas são amenas, os dias raramente são excessivamente quentes ou demasiado frios, em qualquer altura do ano se pode sair para explorar as muitas praças, castelos, fortalezas, museus e pequenos teatros onde o bilhete para um espetáculo tem um preço médio de 3 euros.
Em Lagos os dias podem ser preenchidos com agradáveis caminhadas, passeios de bicicleta, visitar aldeias de pescadores, mercados ao ar livre, a escalar falésias, explorar fortificações medievais, visitar museus com importantes mostras históricas ou tomar banho em praias premiadas.
Na cidade do Panamá, os passatempos tem mais a ver com compras, jogar na roleta dos casinos, frequentar discotecas ou bares de karaoke. O Panamá possui algumas das mais belas e atraentes praias do mundo, mas essas não se encontram em Panamá City, é preciso saír para fora da capital, para usufruir desses locais idílicos.
Para Kathleen Peddicord, Portugal é hoje uma boa opção para um reformado com um orçamento médio, atraído pelo chamado Velho Mundo e por uma Europa desenvolvida, em vez de uma América Central que ainda está em desenvolvimento.
Para aqueles que beneficiam de um plano de reforma fixa e se sentem atraídos pela ideia de viver na “euroland”, Portugal e particularmente o Algarve, são uma boa opção, onde a autora sugere a compra de casa própria, beneficiando dos preços no mercado imobiliário e dos impostos que não são muito elevados.
No Algarve encontra-se facilmente uma boa casa ou apartamento por um preço na ordem dos 150.000 dólares ou menos, um mercado que tem tendência para valorizar, o que compensa, sobretudo se se verificar a retoma cambial do euro face ao dólar.