A advogada inglesa Susan Clark lançou uma petição na Internet, a apelar ao boicote turístico do destino Portugal, como meio de pressão sobre o governo português, para que crie legislação que trave o tratamento de abandono que é dado aos cavalos em Portugal, particularmente no Algarve, região onde esta cidadã, afirma ter testemunhado situações de maus tratos e abandono de cavalos, em estado deplorável.
Em declarações à agência Lusa, Susan Clark afirma que lançou a petição quando viu o “estado dos cavalos no Algarve”, região que visitava com regularidade. Segundo a mesma, o “cenário é de tal forma angustiante, que decidiu não voltar mais a Portugal, “ao Algarve”, o que lamenta porque “adora” o país.
Na petição a autora escreve: “Hà muitos anos que visito Portugal. Nos últimos anos, os casos de crueldade para com os cavalos atingiu níveis epidêmicos. Se viajar no país, verá muitos cavalos amarrados sem comida ou sem água, ao sol, magros, ou mancando, sem poderem andar para encontrar comida. Num incidente recente, foi deixado um cavalo a morrer na berma da estrada nacional 125 no Algarve. É uma visão angustiante, ver um cavalo esquelético. Parece que as autoridades e a polícia não fazem nada ou são impotentes para parar com a crueldade. Eu acredito que a única forma de alterar a situação é deixar de visitar o país até que algo seja feito. Portugal é membro da CEE não é um país do terceiro mundo”.
Susan Clark diz também na petição, que já trocou correspondência por email com Cristóvão Norte, o deputado eleito pelo Algarve, mas que aquele lhe terá dito que está a tentar que a legislação de defesa de animais domésticos, também seja aplicada aos cavalos, mas receia que o processo demore.
A petição intitulada “Stop the Cruelty to Horses in Portugal” que já contava no início desta semana com mais de três mil assinaturas, ficou de repente pulverizada, por centenas de assinaturas de portugueses, que estão a apoiar a iniciativa, subscrevendo a mesma aos magotes. Na última visita que fizemos à petição, os registos de portugueses, dominavam por completo as páginas mais recentes.