Carlos Sousa vai pilotar um Duster na 40ª edição do Dakar, integrado na equipa oficial da Renault Sport Argentina.
O “Senhor” Dakar tem como objetivo para a prova Argentina, um resultado final entre os dez primeiros da geral. É a estreia do piloto nacional com um Duster, modelo que, em anteriores edições, chegou a conquistar dois terceiros lugares em etapas. O Dakar 2018 decorre entre 6 e 20 de janeiro, com passagem pelo Perú, Bolívia e Argentina.
Pelo sexto ano consecutivo, dois Duster inscritos pela Renault Sport Argentina, (a gama Dacia é comercializada neste país sob a marca Renault), estarão à partida do mais exigente e apaixonante rali do mundo: o Dakar. Equipados com um motor V8 da Aliança Renault-Nissan, com cerca de 400 cavalos de potência, os Duster têm como objetivo um resultado final entre os dez primeiros.
Para Carlos Sousa, este é “Um convite que me orgulha bastante”, sublinha o piloto. “Estava parado há dois anos e longe de imaginar de poder ser convidado para regressar ao Dakar. Mas o convite surgiu e não podia ficar em casa. Estou muito motivado, tenho acompanhado o excelente trabalho que a equipa tem feito e não vejo a hora de me sentar ao volante do Duster, com quem travei curiosas lutas no passado.”
Quanto ao potencial do Duster, Carlos Sousa não tem dúvidas de que “é grande e basta ver os resultados alcançados, em algumas etapas, em anteriores edições. Acredito que podemos surpreender com um resultado final entre os 10 primeiros”. O piloto de Almada reconhece que “é uma expetativa muito elevada face à qualidade da lista de inscritos, mas tanto eu como a equipa acreditamos nessa possibilidade. Também confio que a experiência que tenho do deserto pode ajudar a concretizar esse objetivo e, como a edição 2018 do Dakar até começa logo com areia, espero estar à altura do desafio.”
Até à partida marcada para a cidade de Lima (Perú), no dia 6 de janeiro, Carlos Sousa tem como maior preocupação “recuperar o ritmo perdido em dois anos de ausência de competições. Felizmente, no final deste mês, está agendado um importante teste com a equipa na Argentina. Uma sessão em que está previsto realizar cerca de 2.000 quilómetros. Ou seja, uma excelente oportunidade para também ficar a conhecer o Duster.”
O nome do navegador que acompanhará Carlos Sousa na 40ª edição do Dakar ainda não é conhecido, até porque como admite o piloto nacional, “o convite é tão recente que ainda nem tive tempo para pensar em nomes. Mas é um assunto que vai ficar fechado em breve.”
Carlos Sousa: O “Senhor” Dakar!
Unanimemente reconhecido como o mais bem-sucedido piloto português da história da modalidade e um dos nomes consagrados do todo-o-terreno a nível mundial, Carlos Sousa iniciou-se na competição automóvel em 1989, ao volante de um UMM. A partir daí, trilhou um caminho de sucesso sem paralelo na disciplina…
Com um palmarés invejável no Campeonato português, onde ostenta 10 títulos nacionais, quatro deles absolutos, a que soma ainda 21 vitórias à geral, a carreira de Carlos Sousa teve o mérito de nunca se esgotar em território nacional.
Com efeito, é no plano internacional que as conquistas de Carlos Sousa atingem um outro patamar de notoriedade e mediatismo. Foi não só o primeiro piloto português a vencer uma prova pontuável para a Taça do Mundo, como também o primeiro – e até agora único – a garantir um título mundial, duas taças europeias e um troféu ibérico.
Porém, foram as sucessivas participações no Rali Dakar a conferirem-lhe, em definitivo, o atual estatuto desportivo e a enorme popularidade que conquistou junto do público português e internacional.
Desde a sua estreia em 1996, Carlos Sousa conta já 17 participações no maior e mais mediático rali do mundo, exibindo como melhor resultado um 4º lugar alcançado em 2003.
Sublinhando a sua enorme consistência, Carlos Sousa soma qualquer coisa como dez presenças no top-10 da classificação geral. Ao 4º lugar de 2013, o piloto junta ainda dois quintos lugares (2001 e 2002), três sextos (2010, 2012 e 2013), três sétimos (2005, 2006 e 2007) e um décimo em 1997, além de seis vitórias em etapas.
Números que o confirmam como um dos melhores e mais respeitados pilotos mundiais de todo-o-terreno.