O Hospital do Barlavento Algarvio, em Portimão, vai ter em breve a câmara hiperbárica, concluido o concurso de adjudicação, aguardando-se apenas o anúncio da empresa vencedora, que que instalará este equipamento, o que vai permitir tratar vítimas de acidentes descompressivos (mergulhadores), de intoxicações por monóxido de carbono ou de surdez súbita, disse à Lusa fonte da unidade.
A instalação deste equipamento, é uma necessidade para o projeto OceanRevivals ligado à promoção turística vocacionada para o mergulho de recreio, um programa muito mais alargado que já contempla os dois barcos da marinha que foram afundados em Alvor, estando previsto o afundamento de um terceiro, a Fragata Comandante Hermenegildo Capelo, no próximo dia 15 de Junho..
Deste investimento, decorre a aquisição da câmara hiperbárica que é essencial pelas inúmeras potencialidades em termos terapêuticos, sendo instalada no piso -1 do Hospital,contando com uma equipa rotativa, constituida por um médico, um enfermeiro e um técnico em permanência.
A Câmara Hiperbárica é uma estrutura em aço com pequenas janelas, semelhante a um submarino, com cerca de três metros de diâmetro e quinze de comprimento e capacidade para tratar em simultâneo dez doentes, explicou à Lusa o administrador do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA), José Ramos.
A medicina hiperbárica consiste no tratamento de patologias em meio ambiente com pressão superior à atmosférica, através da administração de oxigénio puro, por inalação ou direcionado diretamente para a lesão a tratar.
O equipamento, que custa cerca de meio milhão de euros, será doado ao hospital ao abrigo do projeto Ocean Revival, que inclui a criação do parque de turismo subaquático ao largo de Alvor.
O projeto Ocean Revival é promovido pela Musubmar, associação sem fins lucrativos, cujo objetivo é desenvolver o turismo subaquático em Portugal.