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As Famílias em Portugal no Dia Internacional da Família!

No Dia Internacional da Família, que se celebra a 15 de maio, o Instituto Nacional de Estatística (INE) e o Observatório das Famílias e das Políticas de Família do Instituto de Ciências Sociais, lançam a publicação “Famílias nos Censos 2011”

As famílias têm hoje uma dimensão significativamente menor do que há 50 anos. Apesar de o casal continuar a ser a forma predominante de organização familiar, o seu peso estatístico recuou, em particular o dos casais com filhos, informa hoje o INE.

Em contrapartida, ganharam importância os casais sem filhos, as famílias monoparentais e as pessoas a viver sós. Em simultâneo, acentuaram-se as tendências de mudança relativamente à vida em casal com o aumento das uniões de facto, dos nascimentos fora do casamento e da recomposição familiar. A taxa de fecundidade atingiu níveis muito preocupantes e a esperança média de vida aumentou.

Estas transformações implicaram uma mudança progressiva e persistente em direção a novas formas de viver em família.

Nesta publicação, e a partir dos resultados definitivos dos Censos 2011 e das estatísticas demográficas recentes é apresentada uma leitura atualizada e rigorosa das famílias portuguesas e das principais tendências relacionadas com a vida familiar, nomeadamente, como vivemos hoje em família? Como se tem vindo a processar a sua mudança? Quais os fatores dessa mudança?

Nas últimas décadas a sociedade portuguesa vem registando intensas alterações, sendo a realidade atual bem diferente da que existia na década de 60.

Em 1960 o índice sintético de fecundidade era de 3,2 filhos por mulher, 91% dos casamentos realizavam-se sob a égide da religião católica e, por lei, a mulher era responsável pelo governo da casa e devia obediência ao marido. Apenas 18% das mulheres entre os 15-65 anos estavam inseridas formalmente no mercado de trabalho.

As famílias eram de maior dimensão, em média, 3,8 pessoas e eram maioritariamente constituídas por “casal com filhos”. As famílias monoparentais, que detinham um peso de cerca de 6%, tinham essencialmente origem em situações de viuvez ou de emigração e não em rutura conjugal. As famílias complexas, constituídas por outros familiares, fora do
núcleo familiar casal/monoparental, representavam cerca de 15%.

Em 2011, 57,6% das mulheres em idade ativa (15-64 anos) encontrava-se empregada. O número de filhos por mulher atingiu níveis mínimos (1,35 filhos). A maior parte dos casamentos deixou de realizar-se catolicamente e as uniões de facto registaram um crescimento muito significativo.

Neste processo de mudança, as famílias tornaram-se progressivamente mais pequenas situando-se, em média, em 2,6 pessoas. Os casais com filhos perderam importância para dar lugar a novas formas de organização familiar, aumentaram os casais sem filhos, os núcleos familiares monoparentais e as pessoas vivendo sós. Aumentaram também, de forma expressiva, os casais reconstituídos.




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