As diretivas “Aves e Habitats” da União Europeia vão continuar inalteradas, uma garantia da Comissão Europeia, divulgada esta quarta feira, em resposta à campanha promovida por várias ONGAs europeias, que contou com uma participação recorde de cidadãos europeus.
Esta decisão tranquiliza mas não desmobiliza os ambientalistas, depois da promessa da Comissão Europeia, que diz ter um plano para implementar e fazer cumprir melhor essas diretivas.
A Coligação C6, que integra as maiores Associações de Defesa do Ambiente portuguesas, constituída pelo GEOTA, FAPAS, LPN, Quercus, SPEA e WWF Portugal, considera que agora é necessário reforçar a implementação das diretivas.
O Presidente Juncker e a sua Comissão confirmaram hoje que as diretivas da proteção da natureza na UE – as Diretivas Aves e Habitats – serão salvas e não revistas ou enfraquecidas, pondo fim a dois anos de incerteza sobre o seu futuro.
Esta é uma vitória dos cidadãos europeus que, no âmbito da campanha SOS Natureza que decorreu em 2015 conseguindo uma mobilização recorde de meio milhão de pessoas, pediram à Comissão para salvar e fazer cumprir essas diretivas. As organizações que constituem a C6 participaram ativamente na campanha, mobilizando os portugueses para a proteção da natureza.
As diretivas Aves e Habitats da UE são fundamentais para a proteção da natureza na Europa, salvaguardando mais de 1.400 espécies ameaçadas e um milhão de quilómetros quadrados de habitats naturais, que constituem a Rede Natura 2000. As ONGs ambientais da C6 saúdam a decisão da Comissão e salientam que o trabalho mais difícil ainda está por vir.
Domingos Leitão, Coordenador da C6, afirma que “para transformar esta decisão numa verdadeira vitória para a natureza, é necessário apresentar propostas para implementar e fazer cumprir as diretivas Aves e Habitats.” Nomeadamente, “mais fundos para a conservação da natureza e para a gestão da Rede Natura, e melhores leis e políticas nos sectores da agricultura, caça, pesca, energia, transportes e ordenamento do território.”
SPEA/CM