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Alcoutim hà meses sem médico, ARS Algarve não resolve!

Alcoutim hà meses sem médico, ARS Algarve não resolve!

Alcoutim está sem médico há mais de dois meses, apesar das ações promovidas pela autarquia junto das entidades responsáveis pelo setor da saúde no Algarve e de inclusivamente, terem sido apresentadas propostas alternativas, sem que até ao momento, aquelas tenham assegurado a prestação de cuidados de saúde primários à população.

Segundo a autarquia, em outubro de 2015, situações adversas comprometeram a assiduidade dos dois médicos que asseguravam estes serviços, ficando os munícipes dependentes do único médico disponível, colocado a mais de trinta quilómetros na Extensão de Saúde de Martim Longo, que serve a população das freguesias de Martim Longo e de Vaqueiros, depois do encerramento inesperado e injustificável da Extensão de Saúde de Vaqueiros em outubro de 2013.

Desde essa data, o presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, encetou diligências junto do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Sotavento e na Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, no sentido de assegurar a prestação de cuidados de saúde primários à população e resolver a situação que coloca em causa toda a população do concelho, dispersa por mais de 100 povoações espalhadas por 577 quilómetros quadrados.

Destes contactos, surgiu uma alternativa por parte da ARS do Algarve, que recorreu à prestação de serviços de uma empresa, colocando uma profissional de saúde que cumpria integralmente os requisitos para desempenhar as funções de médico de família na USF em Alcoutim.

Sabendo a ARS do Algarve que esta era uma solução provisória e que a continuidade desta colocação dependia de um novo procedimento com a empresa prestadora de serviços, o que deveria acontecer a partir de Janeiro de 2016, nada foi feito, tendo recomeçado as dificuldades para avançar com o processo, com argumentos de falta de verba para contratar ou falta de autorização da despesa por parte do Ministério da Finanças, num processo moroso e burocrático.

Atento a esta dificuldade e sabendo que o resultado desta morosidade iria traduzir numa quebra prolongada da prestação de cuidados de saúde primários à população, o Município de Alcoutim propôs-se assumir a responsabilidade da contratação do médico, e das respetivas despesas, pelo tempo que demorasse o procedimento contratual, viabilizando dessa forma a continuidade da prestação dos serviços.

Na ocasião a ARS do Algarve concordou com a proposta, tendo o presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, tratado de assegurar a continuidade da profissional de saúde que tinha estado colocada até final de Dezembro, tendo sido autorizada a sua designação.

Dois dias antes do início da prestação de serviços, o ACES do Sotavento informou o presidente da Câmara, que a solução encontrada não estava a ser muito bem vista e que não seria possível autorizá-la, pelo que a autarquia teria de aguardar que a solução viesse da própria ARS do Algarve.

Atualmente, passados mais de quatro meses sobre o início deste problema, não há qualquer solução temporária ou definitiva, sendo por isso  questionável, se de facto, a ARS Algarve, está verdadeiramente interessada em solucionar a prestação de cuidados de saúde primários à população de Alcoutim, para além do Presidente da Câmara Municipal.

Como refere a autarquia e muito bem, “Ninguém de bom senso, consegue entender toda esta morosidade, na resolução de um problema que está a afetar muito seriamente os cidadãos de Alcoutim, os quais não aceitam que a crise seja desculpa para tudo”.




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