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Administração do CHA, nega rutura de serviços ou falta de material

A propósito da recente carta divulgada na comunicação social, assinada por um número significativo de médicos do Algarve, demonstrando preocupação e indignação pelos cuidados de saúde prestados no Centro Hospitalar do Algarve, nomeadamente por faltas de material desde os consumíveis até medicamentos oncológicos ou antiretrovirais, a administração do CHA afirma em comunicado enviado às redações, ser falso que para além de algum incómodo, tenha havido prejuízo para doentes fruto de falta de medicamentos ou consumíveis.

No comunicado do CHA pode ler-se que, “todas as faltas foram logo que detectadas, resolvidas de imediato, quer transferindo de Faro para Portimão quer no sentido inverso. Muitas faltas pontuais, de consumíveis, foram resolvidas pelos profissionais de enfermagem, nomeadamente a enfermagem de coordenação” a quem presta o necessário agradecimento.´

Relativamente aos medicamentos para doentes oncológicos, antirretrovirais, e ruptura de fornecimento de material de consumo, como sejam agulhas, seringas, etc. que os subscritores da carta referem, o CHA, afirma não ser verdade, assim bem como a referência que se faz na mesma carta, em relação “à organização nomeadamente de subordinação da orgânica hospitalar às necessidades do serviço de urgência”.

No comunicado a administração do CHA, refere-se que as “imposições da União Europeia, quer no que respeita à Lei dos Compromissos, quer no que respeita ao Código dos Contratos Públicos, provoca uma pressão burocrática excepcional sobre os serviços de apoio à prática clínica, nomeadamente os serviços financeiros e todos os que se relacionam com as compras, quer de consumíveis, quer de medicamentos. O mês de janeiro é o mês particularmente dramático dado que têm de ser lançados todos os procedimentos (neste caso cerca de sete mil artigos e moléculas diferentes) e não é possível o abastecimento prévio em quantidade suficiente”, acrescentando que na última quinzena de Dezembro ter-se-á somado aos procedimentos obrigatórios referidos, a integração dos sistemas informáticos para que, a partir de 1 de Janeiro, houvesse a centralização absoluta do processo de compras.

No entanto o Conselho de Administração diz estar certo que a “esmagadora maioria dos médicos que assinaram a carta o fizeram de boa-fé, genuinamente preocupados com as faltas de que se iam apercebendo, imaginando, erradamente, que se tratava de qualquer problema financeiro ou corte deliberado”, lamentando que “uma parte não despiciente fê-lo por puro oportunismo político, por se sentir lesada em direitos que julgava assegurados ou para esconder as suas próprias responsabilidades” afirmando que “é inaceitável que médicos que desempenharam elevadas funções de administração nestes hospitais (em governos com que se identificavam politicamente), e que se conformaram com vinte anos de doentes internados nos corredores dos serviços de internamento, e com o terceiro mundista corredor de urgência onde durante anos, tantos doentes sofreram inutilmente, venham agora patrocinar ações do mais puro oportunismo político.

A administração assume-se “como defensora exclusiva do interesse público não permitindo que o hospital seja um palco de lutas por pequenos poderes ou vaidades, antes fazendo todos tomar consciência de que se trata de um equipamento ao serviço de quem habita permanente ou transitoriamente no Algarve”.

“Em resposta ao adiamento de cirurgias por falta de material importa esclarecer que isto só é possível se alguém não cumprir o determinado e não colocar os doentes em programa operatório a tempo de se comprar o material. Já lá vai o tempo em que alguns médicos contactavam diretamente os fornecedores, alegando motivo de urgência e encomendavam, em nome do Hospital o material que bem entendiam. Esse tempo acabou! O País não tem capacidade financeira para tais práticas. Hoje as compras são asseguradas por concurso abastecendo-se o Hospital dos melhores materiais numa relação qualidade/preço, participando os Diretores de Serviço nos júris para escolha de tudo o que se consome nos blocos operatórios”.

“O Conselho de Administração tomou conhecimento do conteúdo da carta pela comunicação social. A única cadeia televisiva que se interessou pelo caso entrevistou exclusivamente uma autarca socialista que se tem distinguido nas críticas ao Hospital de Portimão e ao processo de fusão. O porta voz dos médicos foi assim um líder local da oposição sem curso de medicina que se lhe reconheça”.

A finalizar, refere o Concelho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve, que “Como portugueses gostaríamos de apelar ao sentido de Estado de todos os responsáveis políticos locais. A desconfiança gerada nos hospitais públicos não só é injusta para quem nele trabalha e penosa para quem a ele recorre como destrói em horas o trabalho de anos de todos aqueles que se empenham em atrair residentes e turistas para o Algarve.

O País não se pode permitir a este tipo de práticas que destroem a nossa economia e que depois todos pagamos com cortes nos nossos salários de funcionários públicos”.




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