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Achado arqueológico neolítico com mais de 5500 anos

Achado arqueológico neolítico com mais de 5500 anos

Foram encontrados em Machados, no concelho de São Brás de Alportel, um conjunto de menires com aproximadamente 5.500 anos, descoberta que é fruto da primeira escavação arqueológica realizada no concelho, no âmbito de uma parceria entre a Câmara Municipal de São Brás de Alportel e a Universidade do Algarve.

As escavações dirigidas pelo professor de arqueologia da Universidade do Algarve, António Faustino Carvalho, acompanhado pela arqueóloga municipal, Angelina Pereira, e por um conjunto de estudantes do curso de arqueologia que se voluntariaram para participar neste projeto, permitiram confirmar que o vestígio que havia sido avistado por um são-brasense no início do verão de 2021 é efetivamente um menir, um monumento pré-histórico de pedra, do período neolítico, cravado no solo há aproximadamente 5.500 anos.

O processo foi desencadeado inicialmente pela Direção Regional de Cultura do Algarve, que tem estado a acompanhar os trabalhos e contou desde logo com todo o entusiasmo do município são-brasense.

Os menires são os primeiros monumentos em pedra da História da Humanidade sendo apontados como locais de culto e celebração ainda que ainda encerrem em si muitas incógnitas.

Para o presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, Vitor Guerreiro, este achado arqueológico é motivo de alegria para o concelho, porque revela muito sobre as comunidades que ocuparam o território em outros milénios, reiterando que quanto melhor se conhece o passado, melhor se gere o presente e prepara o futuro.

O achado arqueológico com mais de cinco milénios, tem ainda a particularidade de ser o único do género com esta cronologia encontrado no sotavento algarvio, sendo os outros raros exemplares existentes na região atribuíveis a fases mais tardias da pré-história. A equipa de arqueólogos parte agora para o trabalho de laboratório e de análise e interpretação dos dados, assim como a elaboração de propostas de valorização e preservação do menir, embora a decisão final fique a cargo das entidades competentes.

As opções terão sempre de ter em conta a necessidade de preservação e valorização do achado. Retirar a peça do terreno, para que seja colocada em zona visitável ou manter a peça no terreno garantindo as condições necessárias à sua preservação, agora que está a descoberto, são opções a considerar.

Vitor Guerreiro, destacou que o Município está completamente disponível para analisar as propostas apresentadas pelos especialistas para que este património possa ser valorizado e disponibilizado a estudiosos, visitantes e para a comunidade local.




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