Os dados relativos à atividade turística no Algarve em 2014, revelados esta terça feira pela Região de Turismo do Algarve (RTA), apontam para o melhor ano de sempre, desde 2009, apesar de provisórios. Os números que tem estado a ser divulgados, 16,4 milhões de dormidas na região, são fruto de um crescimento progressivo desde 2009.
Desidério Silva o presidente da Região de Turismo do Algarve, considera que as perspetivas são de crescimento, mas alerta o governo que não pode deixar-se “adormecer” sobre esses números, correndo o risco da região perder competitividade, a favor de outros destinos.
“Tem sido um esforço de muita gente, mas tem de continuar a ser feito”, disse o presidente da RTA, reafirmando que é mais difícil crescer sobre uma “base forte”, mostrando-se ao mesmo tempo, confiante de que este ano, a procura, deverá andar ao nível do verificado em 2014, o que cria “mais responsabilidade e exigência”.
Em 2014 o mercado britânico liderou em número de dormidas com 5,1 milhões, seguindo do alemão com 1,5 milhões e do holandes com um registo de 1,3 milhões de dormidas.
O mês de Agosto representou para o Algarve um total de três milhões de dormidas, um número que Desidério Silva considera ser “recorde”, a que juntou outros números recorde, o milhão de voltas de golfe em Novembro e os mais de seis milhões de passageiros que pela primeira vez, foram movimentados no aeroporto de Faro.
No âmbito da estratégia definida para 2015, ano em que o Turismo do Algarve celebra 45 anos, o esforço passa pelo reforço na aposta da marca Algarve, devendo ser lançadas pela RTA, duas candidaturas, através do Turismo de Portugal e da CCDR Algarve, as quais visam a captação de fundos comunitários para a promoção do destino.
“Queremos reforçar a marca Algarve enquanto destino turístico e isso só se faz com os meios necessários”, afirmou Desidério Silva, adiantando que apesar da região estar muito limitada em termos de fundos comunitários, o Turismo do Algarve vai tentar candidatar-se a verbas, que permitam promover o destino junto de potenciais mercados.
Desidério Silva, adiantou que a questão está ainda a ser discutida com o Turismo de Portugal e com CCDR/Algarve, uma vez que não existe um regulamento específico para este tipo de candidaturas.
