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Turismo de Natureza esteve em debate no Baixo Guadiana

Turismo de Natureza esteve em debate no Baixo Guadiana

O seminário “Turismo Oportunidades nas Áreas de Baixa Densidade” organizado pela Odiana, na última Sexta-feira, debateu o trabalho em rede, a qualificação, investimento, inovação e a estratégia estruturada.

Estiveral em foco os territórios de baixa densidade, as estratégias turísticas, os fundos disponíveis e também das apostas e oportunidades para um turismo complementar ao “sol e mar”, que promova a região de Outubro a Maio.

Foram vários os intervenientes desta sessão, começando pela Direção da Associação Odiana. Filomena Sintra, vice-presidente do Município de Castro Marim falou de trabalho e visão em rede.
“Não consigo dissociar Castro Marim do Baixo Guadiana, temos que abandonar a limitação territorial do concelho e ir para uma escala supramunicipal, na verdade há que esquecer a ponte e começar a trabalhar com a eurocidade”, disse. Paulo Paulino do Município de Alcoutim enfatizou os investimentos ao nível de infraestruturas para apetrechamento do concelho, destacando a praia fluvial e os percursos pedestres.

João Rodrigues, vereador de VRSA, apesar de lamentar que o concelho pombalino não tenha sido considerado território de Baixa Densidade, reafirmou a aposta no trabalho desenvolvido pela Odiana no turismo de natureza, funcionando como complementos ao nicho de sol e praia.

O primeiro painel da sessão contou com Aquiles Marreiros da CCDR Algarve e Desidério Silva, Presidente do Turismo do Algarve. O primeiro, numa apresentação metódica, sintética e de fácil perceção, abordou a RIS 3, Estratégia Regional de Investigação para a Especialização Inteligente, falou das assimetrias na distribuição populacional e da luta contra um constrangimento estrutural: a sazonalidade.

“Todos os projetos apresentados aos programas operacionais, devem estar alinhados com esta estratégia e a aposta deve ser numa qualificação inovadora da oferta para antecipar a tendência da procura”, assegurou acrescentando ainda a articulação intersetorial como uma das prioridades.

O Presidente do Turismo do Algarve referiu a necessidade de um Algarve sustentável todo o ano. “Não basta ter só a estadia, tem que haver toda uma envolvente, é preciso um conjunto de serviços para consolidar o produto e vender de forma diferenciada”, atestou insistindo no trabalho em rede e na qualificação. “Não se pode oferecer um produto de época baixa sem os serviços associados, têm que ser feitos ajustamentos, tem que se apostar na formação, para um produto sustentável e de qualidade”. Antecipou que o Algarve terá de Outubro a Maio um programa cultural mais diversificado para receber as pessoas, garantindo que “daqui a 2 anos teremos um Algarve estruturalmente forte e sustentável”.

O segundo e último painel da sessão abordou as boas práticas e os casos de sucesso no território. Aqui Valter Matias, Diretor da Odiana fez uma súmula do trabalho da associação, desde 1998 até à data, onde foi fácil constatar que a Odiana tem sido a grande percursora do turismo de natureza no Baixo Guadiana, desde a rede de percursos pedestres, o birdwatching, a Grande Rota do Guadiana, os guias turísticos o site www.baixoguadiana.com, mas não só.

“Temos vários projetos candidatados e no futuro, já posso adiantar que vamos ter um Centro de BTT no Baixo Guadiana”, referiu distinguindo também a introdução de «Pacotes Turísticos» na região como uma forma de unificar e «vender» cada vez mais o território, destacando “o território do Baixo Guadiana como um todo e nunca individualizado, somos fortes juntos”.

Adelino Soares, Presidente do Município de Vila do Bispo sob o mote «À descoberta da Natureza» trouxe ao Baixo Guadiana o caso de sucesso de uma baixa densidade no Algarve que caiu nas bocas do mundo. Qual é o segredo? “É investigar, acreditar, escolher as pessoas certas e trabalhar”, quem o diz é o edil que conta no currículo do município com ofertas a alto nível, desde pedestrianismo, birdwatching, mergulho, observação de cetáceos, surf, geologia, paleontologia.

“A título de exemplo, o Festival de Observação de Aves que este ano já vai na 7ª edição, no início poucos acreditavam e atualmente é um sucesso, no entanto a vizinha Espanha já nos leva 20 anos de avanço”, aludiu. “O turista não quer saber da distância, quer saber sim como chegam aos sítios e de que maneira e é nisso que temos que nos focar, em promover, trazer turistas e garantir-lhes forma de cá chegarem”, garantiu o autarca que pautou a sua apresentação pela boa disposição e pelo orgulho do Município de onde é natural e que representa. A salientar que Vila do Bispo foi considerado Município do ano 2015 pela Universidade do Minho – prémios que distinguem as boas práticas municipais.

No encerramento do seminário, Alexandre Laurent da Empresa Municipal de Castro Marim, Nov Baesuris, destacou o trabalho da empresa na área do turismo e apresentou a plataforma de venda online Local Market, uma estratégia desenhada em torno dos produtos locais, que se prevê estar a funcionar no curto prazo.




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