A notícia divulgada ontem pela DECO de prática enganosa, por parte de agências de viagens online, que anunciam preços “super” baratos, mas que depois acabam por saír demasiado caros ao consumidor, está a provocar o alerta nos compradores online, sobretudo daqueles que só ocasionalmente, fazem compra de férias ou viagens, por essa via.
Segundo a própria Deco, as conclusões resultantes da análise que fez nos sites de quatro agências de viagem online e cinco companhias aéreas low cost, levaram aquela associação a detetar inúmeras irregularidades, sobretudo no que respeita a preços, taxas e informação disponibilizada.
As agências que mereceram denúncia direta e imediata por parte da DECO foram a Rumbo e a eDreams, dois dos maiores sites de venda de viagens online, por apresentarem muitas irregularidades, nomeadamente “preços mais baratos” do que aqueles que “no final são cobrados aos clientes”, ex: bagagem, seguros, taxas, gestão da reserva e comissões, com valores finais, penalizadores, sobretudo para os clientes menos avisados.
A Associação Portugesa de Agências de Viagens e Turismo, contatada pela Lusa, já afirmou que irá seguir a DECO na denúncia sobre as práticas dessas agências online, denunciando os preços enganosos que são publicitados, muito diferentes daqueles que são efetivamente cobrados no final, o que em termos de legislação portuguesa, corresponde a uma grave ilegalidade.
A Legislação obriga os operadores a anunciar preços globais, com todos os encargos, esclarecendo com clareza o consumidor, inclusivamente sobre todas taxas extras a que o cliente está sujeito, quando voa para destinos internacionais, onde podem estar sujeitos a custos suplementares.
