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Petróleo no Algarve: Quercus alerta para o risco ambiental!

Na eventualidade de se confirmar a existência de petróleo e gaz natural no algarve, concluidas as sondagens, o consórcio que é liderado pela Repsol, terá de solicitar autorização ao governo, para prosseguir com a exploração, adiantou o gabinete do secretário de Estado da Energia, em resposta à Agência Lusa.

O governo afirma que a Repsol é a líder do consórcio que detem a concessão e que no âmbito do contrato, depois de efetuado o furo para sondagem, se entender ser rentável, “o consórcio poderá optar por prosseguir para a fase de exploração, necessitando, para isso, de autorização do Governo”.

O projeto já foi entretanto alvo de um comunicado da Quercus, que alerta para a não existência de um estudo de impacte ambiental e para os “potenciais riscos que podem existir, não só do ponto de vista económico, mas também ambiental e social, em caso de acidente”.

(…) A Quercus considera que um projeto desta natureza deve ser muito bem justificado do ponto de vista económico e se os ganhos imediatos daí derivados são relevantes para o país, compensando potenciais riscos que podem existir, não só do ponto de vista económico, mas também ambiental e social, em caso de acidente. Para além disso, a Quercus exige que sejam cumpridas todas as normas legais de proteção ambiental, nomeadamente em sede de avaliação de impacte ambiental.

Mesmo assumindo que, caso se torne realidade, a exploração de combustíveis fósseis em Portugal possa contribuir em pequena parte para reduzir as importações – sobretudo no setor dos transportes, fortemente dependente do petróleo – é fundamental que exista respeito pela transparência e salvaguarda dos recursos naturais e paisagísticos, o que não parece verificar-se até esta altura.

Ressalve-se que, caso este projeto avance no Algarve, será um ponto claramente desfavorável e contraditório ao modelo de desenvolvimento seguido nas últimas décadas para a região, assente essencialmente num turismo de qualidade, com valores naturais e paisagísticos de relevo.

A confirmação da futura exploração de petróleo no Algarve seria um péssimo “cartão de visita” para a região e para todo o país, com reflexos negativos a médio e a longo prazo, que poderiam colocar em causa o Algarve como destino turístico de referência (…), lê-se no comunicado daquela associação ambientalista.




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