Os Alunos da Escola Secundária de Vila Real de St. António, estão a ser vítimas da má vontade dos burocratas que gerem as instalações escolares deste país, cuja incompetência, é demonstrada na continuada falta de decisão para uma situação que já deveria ter sido resolvida há muito, o que sugere que que podemos estar perante um ato mesquinho e inqualificável, talvez porque a autarquia tem estado a pressionar continuada e publicamente, no sentido de se agilizar a disponibilização das mais de vinte salas e do ginásio da escola original, que já estão em condições de receber os alunos e professores, o que tem sido impedido.
A idéia que fica, é precisamente a de que a entidade gestora das obras das escolas, provavelmente com a cobertura do próprio ministro que já é conhecedor da situação e nada faz, não gostou particularmente das iniciativas públicas do municipio e faz pagar a alunos e professores, um custo que implica risco grave, para a integridade que quem tem de usar os velhos contentores, em dia de chuva e mau tempo, continuando a não dar uma resposta às solicitações do municipio.
Aquilo que a autarquia, pais, professores e alunos, pretendem, é apenas que a questão seja imediatamente resolvida e as novas salas disponibilizadas, motivos suficientes para a exigência do desbloqueio imposto, como se comprovou na sexta feira, quando alunos e professores foram obrigados a recusarem-se a participar nas aulas, porque chovia cupiosamente, com entrada de água nos tais contentores, com as instalações elétricas inundadas, um perigo para quem utilizasse aqueles espaços.
A autarquia continua a aguardar pela inspeção solicitada e os pais deviam tomar posição contra os autores do bloqueio, porque numa democracia, mesmo que dominada pela burocracia e má vontade, todos os cidadãos tem “direito”, a serem tratados por igual, o que não se verifica neste caso, pois estamos perante uma situação que sugere discriminação, por parte dos gestores de uma entidade, que pelas competências que lhe estão atribuidas, deveriam pensar em primeiro lugar naqueles que servem, antes de inflar os EGOS de poder narcisista.
Carlos Santomor
