O sistema imunitário da pele fica enfraquecido sob acção de luz solar intensa, a qual danifica as células da pele e altera o seu material genético.
O sistema de reparação da pele não consegue eliminar os graves danos provocados pela radiação UV nas suas células e estas transmitem informações incorretas para as células filhas. Se estas se continuam a dividir sem entraves, podem sofrer mutações e originar um cancro da pele, anos mais tarde.
Existem diferentes tipos e sub-categorias de cancro da pele. O mais perigoso é o melanoma maligno .
Os outros cancros da pele (não-melanoma) não são tão perigosos, mas são 10 vezes mais frequentes que o melanoma maligno. Particularmente afectadas são as áreas da pele mais expostas ao sol. Estas incluem o rosto, orelhas, dorso das mãos e, nos homens, as zonas de calvície, na cabeça.
Quando diagnosticado no seu início, há boas possibilidades de cura do cancro de pele não-melanoma, que tem um desenvolvimento lento. Embora raramente ocorra o desenvolvimento de metástases, é aconselhada a consulta regular a um dermatologista para verificar eventuais alterações na pele.
O cancro da pele não-melanoma é classificado em três tipos diferentes: queratoses actínicas (QA), carcinoma basocelular (CBC) e carcinoma espinocelular (CEC).
O Auto Exame:
O papel do auto-exame no diagnóstico precoce do cancro da pele é muito importante. O cancro da pele é o mais comum de todos os cancros e a sua ocorrência está a aumentar rapidamente.
Também é o cancro de mais fácil cura, se diagnosticado e tratado precocemente. Quando permitida a sua progressão, porém, o cancro da pele pode resultar em desfiguração e mesmo na morte, nomeadamente no caso de melanoma.
Factores de risco do melanoma maligno
– Factores genéticos
– Grande número de nevos comuns e de nevos melanocíticos clinicamente atípicos
– Grandes nevos melanocíticos congénitos
– História de cancro da pele (melanoma ou não-melanoma)
– História familiar de melanoma
– História familiar de grande número de nevos melanocíticos
– Queimaduras solares graves e dolorosas, particularmente na infância
– Queimaduras solares intermitentes
– Incapacidade de bronzear
– Cabelo ruivo ou loiro
– Olhos claros
– Tendência para ter sardas
– Imunossupressão
– Frequência de solários
– Utilização de lâmpadas bronzeadoras
– Utilização anterior de terapia PUVA (1)
– Aumento da idade
– Status socioeconómico elevado
– Xeroderma pigmentosum (2)
(1) Fotoquimioterapia usada em algumas doença da pele, como a psoríase.
(2) Doença genética caracterizada por elevada sensibilidade à luz e susceptibilidade a cancro de pele.
Os factores de risco de cancro da pele não-melanoma (carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular):
– Exposição crónica ao sol
– Radiação ionizante
– Infecção pelo vírus papiloma humano
– Factores genéticos
– Doenças inflamatórias crónicas da pele
– Imunossupressão – transplante de órgãos, HIV-SIDA
– Pele tipo 1-2
– Exposição a agentes químicos (alcatrão, piche, óleo de parafina, óleo combustível)
– Exposição ao arsénio (água de consumo, medicamentos)
– Fotoquimioterapia anterior
– Exposição crónica ao calor
Fonte/Texto: euromelanoma.org