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Infertilidade afeta 30% das mulheres com endometriose!

Infertilidade afeta 30% das mulheres com endometriose!

A infertilidade é considerada uma das principais consequências da endometriose, uma doença que afeta uma em cada dez mulheres e que está associada a uma limitação da qualidade de vida. De acordo com os especialistas, o diagnóstico precoce da patologia é a única forma de evitar que a endometriose influencie a capacidade da mulher engravidar.

“A endometriose é uma doença benigna que afeta dez por cento das mulheres em idade reprodutiva e carateriza-se pelo crescimento de tecido endometrial fora do seu local habitual, que é a cavidade uterina. Sempre que ocorre a menstruação existe sangramento nessas zonas, o que provoca uma reação inflamatória crónica que produz aderência nos órgãos e o crescimento de tumores que, apesar de benignos, provocam dor e, em muitos casos, infertilidade.

A infertilidade surge em cerca de 30% das mulheres com endometriose, como resultado da alteração da função tubária, diminuição da recetividade do endométrio, comprometimento do desenvolvimento dos ovócitos e embrião ou distorção da anatomia pélvica”, explica Fátima Faustino, Responsável do Centro Especializado em Endometriose do Hospital Lusíadas Lisboa.

A gravidade dos sintomas da endometriose pode variar de mulher para mulher, no entanto, os mais comuns envolvem dor de intensidade progressiva e incapacitante durante a menstruação e ato sexual, bem como perdas de sangue anormais.

Fátima Faustino esclarece ainda a importância do diagnóstico precoce no sucesso do tratamento: “O diagnóstico da endometriose exige uma avaliação médica detalhada e a realização de exames complementares, como, por exemplo, uma ressonância magnética pélvica. No entanto, o diagnóstico definitivo envolve uma investigação cirúrgica através de laparoscopia. Quanto mais rápido se obtiver o diagnóstico da doença, mais eficaz será o tratamento e menor será a probabilidade de consequências graves”.

“O tratamento da patologia exige a envolvência de uma equipa multidisciplinar e pode implicar o recurso a técnicas de procriação medicamente assistida ou de técnicas eficazes no controlo da dor. Na maioria dos casos, é utilizada a cirurgia minimamente invasiva como forma de tratamento da doença, sobretudo em mulheres que associam dor e infertilidade”, conclui a especialista.

Fátima Faustino/Lusíadas/CS




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