Alcoutim assinalou o 40º aniversário da Revolução de Abril com uma sessão solene no salão nobre da Câmara Municipal que decorreu após a arruada pela banda musical castromarinense e o hastear da bandeira na Praça da República.
A sessão solene foi marcada pelos discursos do presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Osvaldo dos Santos Gonçalves, do presidente da Assembleia Municipal, António Amorim e de dois representantes das bancadas do PSD e do PS, Abílio Encarnação e Francisco Xavier, respetivamente.
Todos os oradores relembraram os ideais de Abril, lamentando que a atual situação política, económica e social que o país atravessa esteja a pôr em causa muitos desses ideais e direitos adquiridos após o 25 de abril de 1974 e a exigir um esforço adicional a todos os portugueses.
Para António Amorim, presidente da assembleia Municipal, passados 40 anos da revolução dos cravos “é tempo de para e de refletir” e parafraseando António Carlos Cortez defendeu que “Na atual situação em que vivemos o 25 de abril deve ser mais que os discursos de ocasião e o cravo na lapela. O 25 de abril deve ser memória viva da luta contra o fascismo, prevenindo-nos relativamente a novos modos de viver que se têm vindo a impor na sociedade portuguesa.”
A cerimónia foi encerrada com o discurso do presidente da Câmara Municipal, Osvaldo dos Santos Gonçalves, que alertou para o facto de o 25 de abril correr o risco de se tornar uma “mera efeméride nacional, limitando-se à retórica, aos rituais e esvaziando de sentido aqueles que são os verdadeiros princípios e valores éticos” e que deveriam ser as verdadeiras conquistas de Abril, “A liberdade, a justiça e os direitos sociais, não se conquistam por decreto. É preciso mais”, afirmou o autarca.
