A Air France está a preparar o lançamento de uma subsidiária low cost de longo curso, com frota Boeing 787 Dreamliner, para a qual projeta um aumento de produtividade, assente numa significativa redução de custos operacionais, como solução para assegurar a saúde empresarial da companhia.
O projeto da Air France ainda está no plano embrionário, mas segundo alguma imprensa francesa, já enfrenta dificuldades, sobretudo ao nível das tripulações, que nesta versão, terão um estatuto diferente da companhia mãe, em termos de horas de trabalho e benefícios, o que coloca a empresa perante conflitos, cujas consequências são imprevisíveis.
A companhia que ensaia a reformulação estratégica do seu plano global de operações, tem de negociar um acordo de produtividade com os sindicatos, sem o qual o projeto não tem viabilidade, uma vez que algumas das tripulações que atualmente operam no longo curso, com a redução de rotas da marca mãe, teriam de passar para a subsidiária.
Mas segundo a notícia, as negociações estão em banho maria, apesar da administração pretender chegar a acordo ainda durante este mês, o que não parece fácil, uma vez que os sindicatos, continuam a recusar a implementação de medidas do anterior plano de reestruturação, mostrando-se indisponíveis, para discutir o novo projeto.
Fontes da própria Air France, dizem em surdina, que esta pode enfrentar serias dificuldades, se o acordo com os sindicatos não chegar a bom termo, em tempo útil, o que obriga ao anúncio de um plano de cortes alternativo, que passa não só pela redução de rotas de longo curso, mas também pelo despedimento de um número próximo, dos três mil trabalhadores.
